quarta-feira

...

Numa sala ausente o ar suspira
tem uma memória de que não se recorda:
mãos sem fim correndo outras salas ausentes de tudo presentes de nada
agarrando o chão com os pés através do olhar que toca sem se mexer
largando tudo sem abrir a mão de deixar para trás ao acaso o acontecimento
de estar:
O mar guardado numa gota à beira de uma rocha
a observar o ar num dia onde a sombra não pesa.

4 comentários:

paulo da ponte disse...

A escrita torna-se um sistema, um referencial onde vivemos. A nossa própria natureza.
Ah! escritora de margens ausentes.

Anabela disse...

Ah! que bom sentido de humor.
:)

paulo da ponte disse...

Dizem que sorrir oxigena o sangue!

Anabela disse...

E faz rugas
:)