quinta-feira

areia no grão

A melhor entrada para o deserto começou. Ao deserto que nada lhe falta, nem sombra nem luz, a areia pálida na fraqueza escondida na água revela a areia escondida nos olhos. A mensagem antiga nos tempos permanece aberta à leitura das mãos enterradas no vazio do seco emprestado ao vento
  
                                    -  O caminho do vento aberto  rege os horizontes   -  

As não vontades caídas para cima repetem-se, repetem-se mais uma vez sem o nascimento. A porta fecha-se. A casa cai. O vento volta consigo e mexe mais uma vez as voltas das terras, levanta raízes que pareciam profundas de encontro ao mar de dentro. Depois já nada resta afinal que desfaça o perdido. Perdido na areia de cada grão de volta do vento para levar para longe. Porque o perto perdeu-se com vontade própria. O grão de areia ficou enterrado sem água.

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