Segurar o corpo firme.
Primeiro passo dentro do corpo, o braço a
agarrar a mão. O malmequer em cada dedo, o bem-querer da mão inteira, a segurar
a pelicula do exterior. A mão descida pelo braço abre-se, encosta-se e pega no
barro. Segura. Contrai. Guarda-o dentro dela com força. A força, as veias, o
sangue, a pele, o pulsar, os dedos. Tudo no mesmo instante para o instante
seguinte. Mandar através da força o barro à parede a ver se cola. Às vezes cai
antes de. Outras vezes fica e parece agarrado. E ainda outras vezes ele fica
mais do que se estava à espera. Mas o barro volta a cair. Várias vezes, umas
seguidas de outras.
O corpo começou a observar. A mão, o barro, a
queda. E permaneceu firme.
Segundo passo do corpo, o braço a levar a
mão. O braço esquerdo lança a sua mão a apreender para junto do corpo a firmeza
da madeira que faz o arco, e a pena que direciona a flecha. A mão esquerda a
encostar-se ao corpo e a entrar nele. A força. A delicadeza. A respiração. A direção
interior envia a seta para fora. Ela fura o ar e penetra o superfície que toca.
No mesmo instante em que a flecha penetra o interior, o arqueiro termina a sua
respiração. A tarefa.
O corpo continuou a observar. A mão, a seta,
a respiração. E permaneceu firme.
Terceiro passo do corpo, o corpo inteiro. A respiração
tem o interior do corpo, dá-lhe resistência para o salto. O salto permanece imóvel.
O corpo retira a sua firmeza e lança-se em amplitude.