o corredor dentro de casa para sair
dela. O caminho para o parque está em cada pé, em cada passo em cada olhar, em
cada movimento do braço onde também ele caminha. A rua fica estreita, as
pessoas passam umas atrás das outras, a pressa e a zanga, o correr do dia para
chegar a um sítio, a um momento. Os olhares perdidos à procura, à procura do
instante onde tudo fica bem. Onde se volta a respirar. E tudo passa. Porque as
pessoas querem que as coisas passem,
mas não querem passar por elas.
Diariamente, o mesmo caminho com as
mesmas pessoas, a mesma vontade, o mesmo nada. A ruptura vazia. O vazio que sai
dos pés está na rua e cola-se a outros andares. Há sorrisos que levam esses
vazios perdidos e os enchem e desfazem e eles já não vivem tristes, ficam
vazios para sorrir.
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