A luz toda, de uma só vez - a luz
que vem das trevas - Sair do mundo inteiro de uma só vez. E ficar. Invocar. Perder
o corpo entre árvores dentro do tronco. A costura que arranha também resguarda,
se eu lhe der essa frequência. A candura de estar e saber que não se vai ficar.
Depois de uma manhã, o segundo
dia aberto. A expansão do silêncio onde o sol atravessa vidas, regressa.
Regressa no momento subtil que vem
acontecer mais tarde. A rotação de cada momento, cria o momento seguinte, delicado
e subtil, quase transparente. Mas está, e permanece até sentir-se a si mesmo. Em
rocha. Em pena. E regressa de onde vem e para onde retomas. No mesmo sítio onde
a queda deixou de cair, sai a imagem do corpo pela mão.
O terceiro dia a acabar dentro da
manhã. Penas pressas ao vento desapegam árvores, carregam o tronco em
filamentos e levantam o chão da terra, onde tudo acontece e nada acontece. Como
a ternura de acordar o dia sem saber como ele se irá fechar.
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