segunda-feira

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Regresso ao vento sem me ter despojado dele. Sem me ter desfeito deformei o ar no salto. Com sorte agarro o corpo antes ou no momento em que ele sente a queda














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Abertura do dia
lua cheia na floresta
                              rio de pedra
                                                 vento
                                                                                        a terra faz


homem vive



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quinta-feira

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Durante um certo tempo parece que o tempo não chega ao fim de si mesmo          o vento de mão aberta respira. As árvores nos seus troncos olham imóveis o movimento        eu saio de mim sem fechar os olhos e chego        onde estou. Permanência lado a lado, no espaço para lá dos nossos corpos terra, nós continuos a nós mesmos uma linha dentro do ponto luz. A ternura do exercício liberta-se no corpo da alma







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sábado

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a noite dentro do dia abre a luz onde o ar não se fecha. Mas onde?  no mesmo sitio que tu, no universo! aqui e agora para estares contigo tens de te ir buscar, e depois és. Como para te adormeçeres tens de te levar ao corpo. Porque as duas mãos que tens e te descem pelos braços seguram cada uma delas uma opção de viver a existência humana. Então eu posso escolher

-sim


Guardo cá dentro o vento de mão aberta.




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